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Olá bom dia tudo bem? Hoje vamos trazer a tona um assunto bastante delicado, uns contra outros a favor, sobre Dieta Low Carb e Diabetes – O que podemos aprender?
Existem duas formas de se tratar o diabetes.
A primeira: não mudar os hábitos ou, tão ruim quanto, manter uma dieta tradicional, repleta daquilo que hoje o seu corpo não consegue mais lidar: os carboidratos.
Quando optado por essa forma, a única saída para manter o controle do diabetes é usando remédio.
E digo mais: com a chance de daqui a uns anos acrescentar mais alguns na lista. Por qual motivo?
Veja, se você permanece fazendo a mesma coisa que lhe trouxe até o estado atual, o que o faz acreditar que o seu diabetes não vai continuar piorando?
Remédio controla apenas glicemia, mas a doença já está instalada e causando danos…
A outra maneira é cortar aquilo que hoje te faz mal. Sim, os carboidratos! .
Arroz integral, aveia,, feijão, manga, são muito saudáveis… mas hoje, já doente, o seu corpo já não sabe o que fazer isso. O resultado?
Aumento da glicose no sangue.Se você é alérgica à camarão porque insiste em comer? mesmo principio!
Não são dois, três ou quatro estudos científicos que mostram que uma dieta lowcarbb melhora o controle do diabetes… são inúmeros!!!
Estudos randomizados, revisões, metanálises… tem para todos os gostos!
Muitas vezes as pessoas optam por manter os hábitos atuais e usar todo arsenal terapêutico disponível!
Passam a tomar três, quatro, cinco remédios para controlar o diabetes. Não valorizam tanto o futuro da sua saúde.
Nesse momento, pensar financeiramente faz bem.
São 500 reais por mês… 6000 reais por ano economizados.
É deixar de viajar para um resort all-inclusive por 10 dias, todos os anos, para poder comer pão, arroz e macarrão todos os dias.
É não aproveitar o churrasco lowcarb com vinagrete escolhendo a pizza do sábado à noite..Para acrescentar um dado mais caloroso e baseado na medicina vou trazer um trecho de uma abordagem pela médica, Dra. Erika Paniago Guedes que é Endocrinologista do Departamento de Obesidade da SBD e também Mestre e Doutora em Medicina pela UFRJ que escreveu o seguinte artigo:
Dietas chamadas de Low-Carb, onde se restringe a ingesta diária de carboidratos, estão na moda. Nos últimos dias, a mídia vem divulgando várias matérias sobre um estudo publicado recentemente na revista The Lancet, importante na disseminação da informação médica para toda a comunidade científica do mundo, com grande credibilidade e relevância.
Neste estudo, os autores acompanharam, por 25 anos, 15.428 adultos americanos, com idade entre 45-64 anos, e avaliaram o impacto da alimentação (avaliada por questionário alimentar) na mortalidade desses indivíduos. Na mesma publicação, os autores fazem uma revisão de outros artigos, já publicados e que focaram esse mesmo assunto. Assim, os pesquisadores encontraram que a mortalidade foi mais alta em pacientes que consumiam extremos de quantidade diária de carboidratos, ou seja, aqueles que consumiam menos de 40% de carboidratos por dia e nos que consumiam mais de 70% da energia ingerida por dia em carboidratos.
Dietas com baixo teor de carboidratos, onde se aumenta o consumo de proteínas e gorduras de origem vegetal, têm demonstrado benefícios na perda de peso e no tratamento do diabetes. Por isso é importante o cuidado na interpretação de resultados de estudo. Os autores desta publicação do The Lancet alertam para o fato de que, no grupo com baixa ingestão de carboidratos, houve maior consumo de carnes (gado, cordeiro, porco) e gorduras animais; neste grupo, os pacientes também tinham maior peso corporal e maior índice de tabagismo, faziam menos atividade física e tinham mais diabetes, que são clássicos fatores de risco para mortalidade por doenças cardiovasculares.
Os autores concluem o estudo, sugerindo que uma alimentação com menos carboidratos, porém equilibrada com mais gorduras e proteínas vegetais, aliada a medidas para perda de peso e redução do risco cardiometabólico, como exercícios físicos, interrupção do tabagismo e controle do diabetes, pode ser considerada como estratégia para promover o envelhecimento saudável.
São escolhas. Devemos respeitar.
Mas ela deve ser tomada de forma consciente. Pense nisso.